sexta-feira, 29 de abril de 2011

Infeccção do neonato durante a gestação por Streptoccus agalactae (grupo B ou β- hemolítico)

Bactérias da espécie Streptococcus agalactae (ou conhecida também como estreptococcus do grupo B, EGB ou Streptococcus grupo B, GBS), estão presentes nas membranas das mucosas de seres humanos e animais.

Esse tipo de bactéria coloniza principalmente o trato intestinal e genitourinário dos seres humanos. Pode apresentar-se na forma assintomática ou com sintomas moderados. Têm grande relevância para a área médica, pois, é responsável pela contaminação de neonatos, ocorrendo a contaminação do mesmo ainda no útero ou durante o parto, conseqüentemente pode causar septicemia e meningite. Em 40 a 70 % das vezes o feto de gestantes colonizadas pode ser contaminado antes ou durante o parto. Na gestante, GBS pode causar infecção urinária e uterina (endometrite, amnionite) e óbito fetal. Estima-se que 15 a 40% das gestantes sejam colonizadas por GBS no reto ou vagina.

Aproximadamente, 1% dos recém-nascidos de mães colonizadas por GBS desenvolvem sinais e sintomas da doença. A doença ocorre na primeira semana de vida em 75% dos casos (doença de início precoce) e a maioria destes casos se apresenta nas primeiras horas de vida. Outras formas de contaminação podem ter origem hospitalar: tais como, outros recém-nascidos ou equipe de enfermagem, e correspondem de 15 a 46% dos casos. O uso do consenso para prevenção de doença perinatal por GBS a uma significante redução na incidência desta doença nos primeiros 7 dias de vida. Antes das estratégias de prevenção serem amplamente utilizadas nos Estados Unidos, aproximadamente 8 mil fetos/ano tinham infecção por GBS. Um em cada 20 conceptos com GBS morrem desta infecção, aqueles que sobrevivem, particularmente os que tiveram meningite, podem ter problemas a longo prazo.

Gestantes de alto risco para transmissão de GBS:
1. Trabalho de parto antes de 37 semanas de gestação (mesmo com membranas íntegras)
2. Gestação a termo com bolsa rota, com trabalho de parto em tempo superior a 18 horas.
3. Febre inexplicada durante o trabalho de parto
4. Infecção fetal por GBS em gestação anterior
5. Infecção do trato urinário por GBS presente ou passada

Como a GBS pode ser detectada?
Para identificar a presença do GBS, o obstetra deve colher os swabs no final da gestação (35-37 semanas) do introito vaginal, região perineal e peri-anal; culturas colhidas mais precocemente não podem predizer se a gestante estará colonizada no parto.
Uma cultura positiva significa que a gestante é portadora de GBS- e não que ela ou seu concepto ficarão doentes. Não devem ser dados antibióticos orais antes do parto para as mães colonizadas porque, neste momento, antibióticos não são capazes de previnir a doença por GBS no recém-nascido. Uma exceção é quando GBS é detectado na urina. Neste caso, a mãe deve ser tratada no momento do diagnóstico. Conhecer as portadoras de GBS na vagina ou no reto é importante no momento do parto- quando os antibióticos são efetivos na prevenção da transmissão.

Leitura Suplementar
1. Centers for Disease Control and Prevention. Prevention of perinatal Group B streptococcal disease MMWR, 2002; 51(RR-11):1-22
2. Suzano C. E. S., Maia Filho, N. L. & Mathias, L. Prevenção da Doença Neonatal Causada pelo Estreptococo B-Hemolítico do Grupo B. Femina, 2003;31:715-18.
3. Borger, I. L. (2005). Estudo da colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes atendidas na maternidade escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro- Tese de Mestrado apresentada na Universidade Federal Fluminense de Niterói.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Identificado gene ligado a nascimento de prematuro

São Paulo - Pesquisadores americanos e escandinavos identificaram um gene relacionado ao nascimento prematuro de bebês. A descoberta pode levar a futuros tratamentos para um problema que afeta uma em cada oito gestações, colocando em risco a vida de milhões de crianças e mulheres em todo o mundo. Até agora, não se conhecia nenhum fator genético ligado ao parto prematuro.

Os cientistas partiram de uma premissa. A linhagem humana teve pouco tempo para se adaptar a processos evolutivos que podem dificultar significativamente o trabalho de parto: o aumento do crânio para acomodar um cérebro maior e o estreitamento da bacia pélvica para facilitar andar sobre dois pés.

A pressão da seleção natural fez com que o tempo de gestação diminuísse rapidamente em comparação com outros mamíferos e, até mesmo, com outros primatas. Um feto menor e mais jovem causa menos complicações ao nascer, pois há menor desproporção entre sua cabeça e o pélvis da mãe.

Partindo desta convicção, os cientistas procuraram genes que passaram por um processo de evolução acelerada na espécie humana, em comparação com outros animais, especialmente primatas.

Identificaram 150 bons candidatos. Compararam então as diferenças desses genes em duas populações na Finlândia: 165 mulheres que tiveram parto prematuro e 163 que deram à luz no tempo esperado. Definiu-se prematuridade como uma gestação menor do que 37 semanas.

Identificaram assim variações no gene responsável pela produção do receptor do hormônio folículo-estimulante (FSHR, na sigla em inglês). Depois, confirmaram a presença das mesmas variações associadas à prematuridade em mulheres africanas que deram à luz antes do tempo. O estudo foi publicado na revista PLoS Genetics (www.plosgenetics.org). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Ig Saúde da Mulher

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Clamídia pode levar à infertilidade

Doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo é pouco rastreada por médicos e pouco conhecida das mulheres

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada ano ocorram em torno de 92 milhões de novos casos de clamídia em todo mundo. No entanto, apenas uma pequena parcela deles é diagnosticada e tratada.

Isso porque a clamídia é uma doença sexualmente transmissível silenciosa, ou seja, em 80% dos casos não há sintomas.

Nos 20% restantes, as mulheres podem apresentar corrimento, febre, cansaço, dores durante a relação sexual e sangramentos esporádicos. Além disso, o exame rotineiro ginecológico e o papanicolau não são eficientes para identificá-la.

O problema ganha contornos mais perigosos já que, em geral, a doença só é descoberta quando uma de suas seqüelas se instalou: a mais comum delas é a infertilidade. “Sempre que a paciente está tentando engravidar sem sucesso, investigamos as tubas uterinas. O comprometimento dessas estruturas é a seqüela mais usual da clamídia não tratada”, afirma a ginecologista Flavia Fairbanks. Além disso, pode haver evolução para uma doença inflamatória pélvica, para uma infecção perihepática (ao redor do fígado) ou contribuir para uma gravidez ectópica (fora da cavidade uterina, que pode resultar na ruptura das trompas).

Dificilmente as conseqüências mais graves podem ser revertidas. “Enquanto for apenas infecção, é possível tratá-la. Mas se deu fibrose e comprometeu a trompa, não há como”, alerta Paulo Giraldo, professor do departamento de Tocoginecologia da Universidade de Campinas (Unicamp).

A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatist, transmitida por contato sexual (vaginal, anal e oral) e também de mãe para filho no momento do parto. Neste caso, pode trazer conseqüências sérias para o recém-nascido. “É comum pingar nitrato de prata nos olhos do bebê a fim de evitar a contaminação ocular por uma eventual clamídia”, afirma Fairbanks. Nos olhos, a doença pode levar à cegueira.

Fonte: Ig - saúde da mulher

terça-feira, 19 de abril de 2011

Curiosidade: Após transplante inédito na Europa, mulher estéril dá à luz

Um transplante de tecido ovariano, realizado pela primeira vez na Europa, permitiu a uma francesa estéril dar à luz um bebê. De acordo com o doutor Guy Kerbrat, ginecologista do Hospital de Parly II-Le Chesnay, nos arredores de Paris, a menina Victoria nasceu com 2,850 kg, por cesariana, no dia 8 de março. O parto foi realizado em uma instituição privada de saúde. "Mãe e bebê estão bem", disse o médico neste sábado.

"É a primeira vez no mundo em que é feito um transplante deste tipo entre gêmeas que sofrem de síndrome de Turner (anomalia cromossômica que afeta uma em cada 2,5 mil mulheres)", afirmou o professor Jacques Donnez, ginecologista da Universidade Católica de Louvain, em Bruxelas, que realizou o transplante através de um "mini incisão" no abdome. Também é a primeira vez que se realiza uma intervenção deste tipo na Europa, segundo ele.

Em 2008, Susanne Butscher, 39 anos, deu à luz uma menina em Londres depois de passar por um transplante de ovário procedente de sua irmã gêmea, mas a operação foi realizada nos Estados Unidos pelo doutor Sherman Silber, que posteriormente permitiu outros quatro nascimentos com um transplante entre gêmeas idênticas, informou Donnez. Os transplantes entre gêmeas idênticas não precisam de um tratamento contra rejeição.

A paciente francesa sofria com uma menopausa precoce devido à síndrome de Turner, com ausência de ovários. Mas poucos meses após o transplante, a paciente recuperou seu ciclo normal e depois ficou grávida naturalmente, sem recorrer à fertilização in vitro, disse o ginecologista de Bruxelas.

Fonte: Terra

Estudo mostra que câncer de ovário começa nas trompas

Cientistas reproduziram a formação do tumor em laboratório.
Doença afeta 200 mil pessoas por ano no mundo, matando 115 mil.


Da France Presse

Um grupo de pesquisadores norte-americanos conseguiu recriar em laboratório o processo de formação do câncer de ovário, produzindo evidências sólidas de que os tumores começam nas trompas de falópio, e não nos próprios ovários, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (18).
A descoberta pode ajudar a descobrir novas maneiras de combater o câncer nos ovários - que, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas que permitam seu diagnóstico precoce, espalhando-se pelo organismo sem ser percebido.
O câncer nos ovários é o quinto mais mortífero para as mulheres. Ao todo, afeta 200 mil pessoas por ano, matando cerca de 115 mil em média.
Estudos anteriores já haviam desenvolvido hipóteses dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.
As trompas de falópio - ou tubas uterinas - são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino.
Ronny Drapkin, principal autor do estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado "traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer".
Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório. Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas.
"Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas 'artificiais' se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local", indica o estudo.
"Quando implantadas em cobaias animais, elas também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano", explica.

Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos.

"Estudos como este vão nos ajudar a identificar os diferentes tipos de câncer de ovário e, possivelmente, a descobrir marcadores biológicos - proteínas no sangue - que apontam a presença da doença", afirmou Drapkin, que é professor assistente da Escola de Medicina de Harvard.

Fonte: G1.globo

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Curiosidade - Estudo mostra ligação entre fumo e câncer de mama após menopausa

Pesquisa foi a primeira a examinar a interação entre fumo, obesidade e risco de câncer de mama em mulheres nessa fase da vida

Existe uma ligação significativa entre o fumo e o risco de câncer de mama na pós-menopausa, mas pesquisadores americanos relatam que tudo isso depende do peso corporal das mulheres.

De acordo com o novo estudo, o risco de câncer de mama foi mais alto que o normal entre as fumantes não obesas, mas esta forte associação não foi evidente nas fumantes obesas.Os pesquisadores analisaram dados de 76.628 mulheres, entre os 50 e os 79 anos de idade, sem histórico de câncer. Todas elas estavam inscritas no estudo Women’s Health Initiative e foram recrutadas entre 1993 e 1998. As participantes foram acompanhadas até 2009.

O estudo deve ser apresentado em Orlando no próximo domingo, durante o encontro anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.

Como as descobertas serão apresentadas em um encontro médico, elas devem ser consideradas preliminares até serem publicadas em um periódico especializado.

“Este foi o primeiro estudo a examinar a interação entre o fumo, a obesidade e o risco de câncer de mama. A principal conclusão desta pesquisa é que estudos complementares serão necessários para confirmar os resultados”, disse Luo.

Luo adverte, porém, que as descobertas não devem ser interpretadas erroneamente. Ela enfatizou que pesquisas anteriores já haviam mostrado que a obesidade é um fator de risco para o câncer de mama na pós-menopausa.

“Encontramos uma associação entre o cigarro e o câncer de mama entre as mulheres não obesas, o que é compreensível, devido aos componentes carcinogênicos presentes no tabaco. Entretanto, a mesma associação não foi encontrada entre o risco de câncer entre as mulheres obesas. O resultado foi surpreendente!”, disse Juhua Luo, professora do departamento de medicina comunitária da West Virginia University.

As mulheres que foram fumantes por um período de 10 a 29 anos apresentaram um risco 10% mais alto, aquelas que fumaram de 30 a 49 anos apresentaram um risco 25% mais alto, enquanto que para aquelas que fumaram por 50 anos o mais o risco foi 62% mais alto.

Entretanto, obesas fumantes aparentemente não apresentaram maiores riscos de desenvolver câncer de mama.
As fumantes não obesas com índice de massa corporal (IMC) inferior a 30 apresentaram risco significantemente mais alto de câncer em comparação às não fumantes.


Fonte: IG - saúde da mulher

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Curiosidade: Lombalgia e hérnia de disco atingem 90% das grávidas

Problemas na coluna são comuns nessa fase, mas podem ser contornados

Durante os quatro primeiros meses de gravidez, as mudanças no corpo da gestante ainda são sutis.

Mas é a partir desse momento que a barriga passa a pesar, o tronco se inclina mais e a dor nas costas costuma aparecer e acompanhar 90% das futuras mamães.


O corpo da mulher se prepara para o desenvolvimento adequado da criança e produz um hormônio chamado relaxina, que provoca frouxidão nos ligamentos e músculos de todo o corpo, inclusive das costas.


Mais soltos sob o efeito dessa substância, as estruturas responsáveis pela sustentação da coluna tem de fazer um esforço redobrado para mante-la no lugar. O resultado: dores na região lombar. Outro fator prejudicial e inerente ao período é a mudança no centro de gravidade.

“Com o crescimento do bebê, a curvatura da coluna vai se acentuando e o centro de gravidade é alterado”, afirma Ricardo Nahas, ortopedista do Hospital Nove de Julho, de São Paulo.

A postura causa dor, que aparece primeiro como um incômodo no final do dia, uma sensação de peso na região. Com a evolução dos meses, a dor apresenta-se como pontadas até finalmente instalar-se e virar presença constante no período de descanso da gestante. O uso de saltos
nessa fase também pode piorar o quadro. Sapatos altos costumam arquear a coluna, aumentando o arco com a gravidez.

Mulheres que trabalham muito tempo sentadas também têm mais tendência a apresentar dores nas costas. Ficar na mesma posição pressiona a região lombar, contribuindo para o aparecimento ou intensificando o problema.
A hora de dormir também exige cuidados. A mulher sente dificuldade para se acomodar na cama por conta da barriga e acaba torcendo a coluna. O ideal é colocar um travesseiro entre as pernas, os joelhos devem estar dobrados, e, se houver necessidade, uma pequena almofada próxima ao abdome.


Hérnia de disco
Embora seja incomum o aparecimento de hérnia de disco na gravidez, mulheres que já têm este problema devem se precaver antes mesmo do início da gestação. Entre os preparativos para uma possível gravidez devem estar inclusas sessões de fisioterapia e exercício físico diário.
“O recomendado é que haja o fortalecimento da musculatura das costas para manter o equilíbrio da coluna e não prejudicar ainda mais uma hérnia já existente”, recomenda João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião revisor científico da Spine, importante publicação do setor de Coluna.
A preparação da coluna antes da gestação, aliás, é a recomendação dos especialistas para aquelas que não quiserem sofrer com as lombalgias. Segundo eles, é possível evitar as dores nas costas e passar a gravidez tranquilamente. Para isso, é necessário a inclusão do exercício na rotina diária.
“Pode ser pilates, reeducação postural, alongamento, mas é importante que seja voltado a esse período específico”, recomenda Franco. Nahas reforça. “Os exercícios podem tirar a dor. Mesmo no caso de uma mulher sedentária, as medidas posturais fazem com que os músculos se reeduquem.”

Confira seis dicas para evitar – ou aliviar – as dores nas costas:

• Se estiver com dor, bolsas quentes ajudam a aliviá-la;
• Cuidado ao abaixar para pegar objetos no chão. Dobre os joelhos, agache e só então alcance o objeto. Nada de inclinar a coluna, o peso pode machucá-la;
• Durma confortavelmente, de preferência coloque um travesseiro entre os joelhos dobrados;
• Faça exercícios físicos e alongamentos, fortaleça a musculatura das costas;
• Não fique muito tempo sentada em uma mesma posição, levante-se, faça alongamentos, movimente-se;
• Cuidado com saltos altos, a curvatura da coluna se acentua podendo causar dor.


Fonte: IG - Saúde da Mulher

Curiosidade: Deficiência de hormônio contribui para ausência de menstruação

Pesquisa comprova que níveis baixos de leptina provocam a cessação da menstruação em mulheres com pouca gordura no corpo
A deficiência de leptina contribui para a ausência de menstruação em mulheres com índices extremamente baixos de gordura corporal, mas uma forma sintética do hormônio pode normalizar tanto os ciclos menstruais quanto a fertilidade, é o que mostra um novo estudo americano.

Índices extremamente baixos de gordura corporal podem ocorrer em mulheres frequentemente ativas, como corredoras e dançarinas, e também naquelas que sofrem de distúrbios alimentares. Tais mulheres estão propensas a desenvolver amenorreia hipotalâmica, termo médico que define a ausência de menstruação, que pode levar à infertilidade e a osteoporose.

Pesquisas anteriores já haviam revelado que mulheres que sofrem deste problema apresentam níveis cronicamente baixos de leptina. O novo estudo, publicado no site da Proceedings of the National Academy of Sciences, é o primeiro a oferecer provas definitivas de que a carência de leptina contribui para a amenorreia.

Participaram do estudo randomizado duplo-cego um total de 20 mulheres, entre os 18 e os 35 anos de idade, todas elas com amenorréia hipotalâmica. Muitas das participantes eram corredoras.


Durante um período de 36 semanas, as mulheres receberam injeções diárias de metreleptina, uma forma sintética de leptina, ou placebo. O tipo de injeção recebido era desconhecido tanto para as participantes quanto para os pesquisadores.
No primeiro mês de tratamento, as mulheres sob uso da metroleptina apresentaram um aumento significativo nos índices de leptina.
“Sete em cada dez mulheres começaram a menstruar, enquanto que quatro em cada sete apresentaram ovulação”, disse o Christos Mantzoros, diretor da unidade de nutrição humana do Beth Israel Deaconess Medical Center e professor de medicina da Escola de Medicina da Harvard, que conduziu o estudo.
“Quando comparadas ao grupo placebo, as mulheres que receberam o tratamento à base de metreleptina também apresentaram melhoras no perfil hormonal e níveis mais altos de indicadores de novas formações ósseas”, ele complementou.

A leptina sintética usada no estudo, parcialmente financiado pelo Instituto Nacional das Doenças Renais e Digestivas dos Estados Unidos, foi fornecida pela empresa Amylin Pharmaceuticals.

Fonte: IG - Saúde da mulher

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tratamento simples reduz 45% dos partos prematuros

O Tratamento de gravidez de alto risco com progesterona reduz 45% dos partos prematuros e ajuda e diminuir os riscos de complicações respiratórias nos recém-nascidos, anunciaram nesta semana pesquisadores americanos. O estudo sobre o gel vaginal fabricado pelas indústrias farmacêuticas Columbia Laboratories e Watson Pharmaceuticals aumenta a esperança de descoberta de uma forma simples de evitar partos prematuros em mulheres com encurtamento do canal cervical.
“O estudo que acaba de ser publicado oferece esperança às mulheres, famílias e crianças”, disse Roberto Romero, chefe do departamento de pesquisas de perinatologia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
“Mais de 12 milhões de bebês em todo o mundo – 500.000 somente nos Estados Unidos – nascem prematuramente a cada ano, frequentemente acarretando resultados trágicos. Nosso estudo clínico mostra claramente que é possível identificar mulheres em risco e reduzir os casos de parto prematuro quase que pela metade, simplesmente tratando o problema de encurtamento do canal cervical com um hormônio natural – a progesterona”, disse Romero.
Bebês nascidos antes da trigésima terceira semana de gestação apresentam maiores riscos de morte e problemas de desenvolvimento e de saúde ao longo da vida. Nos Estados Unidos, um total de 12,8% dos partos ocorridos em 2008 foi prematuro, aumentando o risco de morte no primeiro ano de vida do bebê, que também pode apresentar dificuldades respiratórias, paralisia cerebral, deficiência de aprendizado, cegueira e surdez.

Gel hormonal

As descobertas, publicadas no periódico Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, serão usadas para servir de apoio no pedido de aprovação nos Estados Unidos do gel hormonal Prochieve, fabricado pelas duas empresas, que deve ocorrer no segundo trimestre deste ano. No estudo, pesquisadores da instituição de saúde americana e de 44 centros médicos em todo o mundo analisaram os efeitos do tratamento à base de progesterona em mulheres com encurtamento do canal cervical, parte do útero onde ocorrem as contrações durante o trabalho de parto.
Pesquisadores suspeitam que as mulheres que sofrem deste problema talvez tenham uma deficiência do hormônio, que administrado em forma de gel durante a gravidez pode ajudar a prolongar a gestação. A equipe de pesquisa analisou 458 mulheres com encurtamento do canal cervical. Divididas em dois grupos, elas receberam o gel vaginal à base de progesterona ou um gel placebo entre a décima nona e vigésima terceira semana de gestação. Apenas 8,9% das mulheres que receberam o gel deram à luz antes da trigésima terceira semana de gestação, em comparação aos 16,1% das mulheres no grupo placebo. O tratamento também foi benéfico aos bebês. Apenas 3% dos bebês de mulheres tratadas com progesterona apresentaram síndrome da angústia respiratória, em comparação aos 7,6% do grupo placebo.
“Há muito tempo já sabemos que o encurtamento do canal cervical está relacionado a um risco maior de parto prematuro”, disse Ashley Roman, do Langone Medical Center, que não participou do estudo. Segundo Roman, estudos já haviam mostrado que a progesterona pode reduzir o risco de parto prematuro em mulheres com encurtamento cervical. Ela considera o novo estudo importante por mostrar que o tratamento também reduz os riscos de problemas respiratórios nos recém-nascidos. “Além de uma redução nos casos de partos prematuros, observamos também uma diminuição de problemas de saúde relacionados à prematuridade”, ela declarou.
Fonte: IG - saúde da mulher

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nova técnica para obter células-troncos induzidas é criada nos EUA

Método consegue gerar mais células do que o convencional.
Novidade foi divulgada na revista científica "Cell Stem Cell".



Cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia desvendaram uma nova maneira de criar células-tronco induzidas à pluripotência (iPSC, na sigla em inglês) – técnica que transforma células adultas do corpo, normalmente extraídas da pele, em estruturas capazes de gerar todo tipo de tecido humano.
A novidade, descrita na revista científica "Cell Stem Cell", está no uso de microRNAs – pequenos pedaços de material genético – no lugar da estratégia convencional na qual 4 genes são modificados para retornar a célula a um estágio parecido com o de células embrionárias.

Células-tronco induzidas à pluripotência geradas a partir de células da pele de ratos com marcadores fluorescentes. (Foto: Edward Morrisey / Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia)


Os testes foram feitos em células da pele de ratos. Células-tronco induzidas são produzidas normalmente a partir de células adultas – desde que não sejam reprodutivas como, por exemplo, espermatozoides. O material mais comum são fibroblastos, encontrados na pele de mamíferos.

Antes da invenção da nova técnica, para cada 100 mil células adultas “reprogramadas”, os cientistas conseguiam apenas 20 células-tronco induzidas. Já pelo método com microRNAs, o número de células obtidas sobe para 10 mil (10% do total).

A esperança que envolve os estudos com células-tronco induzidas está no fato delas dispensarem o uso de material embrionário. Mas para poderem servir para uso terapêutico em humanos na reconstrução de tecidos e até órgãos, é preciso que um número grande de células seja obtido.

As células criadas em laboratório podem dar origem a quase todo tipo de células de ratos, incluindo espermatozoides, óvulos e células germinativas.


Fonte: G1.globo.com

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ciclo de Palestras Reproferty 2011

Inscreva-se já através do email inscricao@reproferty.com.br com o titulo da mensagem referente a palestra escolhida: reprodução humana ou sexualidade confira abaixo um pouco mais sobre elas, você também pode se inscrever pelo telefone 12 39415199 ou pessoalmente na recepção da clínica:
(Obs: Inscrição por email, por favor enviar nome completo e telefone de contato)



Dia 27/04 - Palestra Dr Fernando Macedo
Temas:
- Abordagem do Casal,  Psicologica e Laboratorial
- Novas Tecnicas de Reprodução Humana 


Dia 04/05 - Palestra Psicologa Maria de Lourdes


Palestras Gratuítas ! Faça já sua inscrição

Conselho Federal de Medicina libera reprodução assistida para casais homossexuais

O Conselho Federal de Medicina anunciou novas regras para a reprodução assistida no Brasil. Mais casais terão acesso à técnica e os especialistas terão que seguir normas mais rígidas.

A funcionária pública Núbia Cavalcante tem que se multiplicar para atender aos trigêmeos, um trabalho que ela adora. Antes, foram três tentativas frustradas e muito desgaste.
“Não é simples. Tem um preço e um preço emocional muito grande”, contou ela.

Com a evolução da medicina, cada vez mais casais com problema de fertilidade recorrem às técnicas de reprodução assistida. Por isso, o Conselho Federal de Medicina atualizou as regras, que já tinham 18 anos.

Na reprodução assistida, o óvulo da mulher é coletado e fertilizado pelo espermatozóide, em laboratório. Os embriões gerados são, então, transferidos, para o útero da mulher. A partir de agora, os médicos poderão implantar, no máximo, quatro embriões.

Segundo o Conselho, é um cuidado para evitar uma gestação com muitos bebês, que pode provocar riscos para a mãe e para os filhos. O número de embriões tem que levar em conta a idade da mulher. Quanto mais jovem, menos embriões são necessários porque a taxa de sucesso da gravidez é maior.

Por isso, para as mulheres de até 35 anos, poderão ser implantados até dois embriões. Entre 36 e 39 anos, três embriões. De 40 anos em diante, quatro embriões.

Casais gays

Outra novidade, até hoje, o Conselho Federal de Medicina determinava que apenas casais heterossexuais podiam recorrer à reprodução assistida. O Conselho mudou a norma e agora casais homossexuais e pessoas solteiras que querem ter filhos também podem recorrer a esse procedimento.

As novas regras determinam ainda que não pode haver seleção de embriões para escolher o sexo ou outras características do bebê. Embriões, óvulos e espermatozóides congelados poderão ser usados mesmo depois da morte do doador, desde que haja autorização em cartório.

As medidas foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho. “Quem não segue, a própria lei dos conselhos determina uma punição que vai da advertência até a cassação, dependendo da gravidade da conduta do médico”, explicou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.
Na clínica do especialista José Gonçalves Franco Júnior quatro mil bebês nasceram pelo método de reprodução assistida.

“De uma forma geral, essas medidas, as novas medidas trouxeram certa amplitude da aplicação das técnicas de reprodução assistida no Brasil”, diz Franco.

É mais segurança para ajudar a realizar o sonho de muitas famílias. “Era meu maior sonho ter um filho, apertar meu filho no colo e, de repente, eu tive três. Foi muito legal!”, afirmou Núbia.

Fonte: G1.globo.com