terça-feira, 31 de maio de 2011

Anvisa aprova vacina contra HPV para homens no Brasil

Imunização não está disponível na rede pública e vai custar R$ 900.
Efeito da subtância já era indicado para mulheres desde 2006.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de uma vacina para combater o vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) em homens de 9 a 26 anos. A aplicação é recomendada para quatro tipos do vírus, responsáveis por causar verrugas genitais. A substância não está disponível na rede pública e custa R$ 900.

O uso de vacinas contra o vírus em homens já existia no Brasil, com o remédio sendo prescrito por médicos por conta da relevância de estudos que já apontavam o efeito benéfico das imunizações no sexo masculino. Mas a agência regulatória brasileira ainda não havia aprovado a indicação de nenhuma das substâncias para homens. Já para mulheres, esse aval existe desde 2006.

O laboratório responsável pela fabricação da vacina conseguiu a aprovação com base em um estudo divulgado na "New England Journal of Medicine", uma das principais publicações médicas do mundo, que comprovava a redução de 90% das verrugas externas na região genital.

O estudo clínico foi feito em 4.065 homens de 18 países, com idades entre 16 a 26 anos. A eficiência da vacina foi testada para os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Por atacar quatro tipos de HPV, a vacina recebe o nome de quadrivalente. Durante a pesquisa, o efeito da substância foi testado em comparação com placebos.

Além do combate às verrugas, a vacina foi eficiente em 85,6% dos casos para evitar a infecção persistente pelo vírus.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os tipos 16 e 18 respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os tipo 6 e 11 estão presentes em 90% das verrugas genitais. Nos homens, o HPV pode levar a câncer no pênis, no ânus e na orofaringe.


Sobre o HPV

O HPV é uma das principais causas de câncer de colo de útero em mulheres no mundo. Atualmente, 630 milhões de pessoas carregam o vírus. É comum que o micro-organismo esteja no corpo de uma pessoa sexualmente ativa, mas não provoque nenhum sintoma, podendo ser eliminado com o tempo. São conhecidos mais de 200 tipos do vírus, mas somente alguns são de alto risco oncológico.

O contágio se dá pelo contato com a pele de uma pessoa portadora do vírus. O uso da camisinha durante relações sexuais diminui o risco, porém não elimina a chance de infecção, já que o micro-organismo pode entrar no corpo da pessoa saúdavel pela pele ou por mucosas. O corpo normalmente desenvolve anticorpos contra a ameaça, mas em alguns casos a defesa natural do organismo não é suficiente.

Uma pesquisa anterior, publicada na revista "Lancet" e com participação de brasileiros, mostrou que metade dos participantes contraiu o vírus do papiloma humano. A falta de atenção do sexo masculino com a doença já foi alertada até pelo Nobel de Medicina de 2008 Harald zur Hausen - em entrevista ao  G1 em 2010 -, o responsável por descobrir a relação entre o HPV e o câncer de colo de útero.

Fonte: G1.globo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ciclo de Palestras 2011 - Reproferty - Próximo dia 08 de junho

Vem aí dia 8 de Junho mais um evento do Ciclo de Palestras 2011 da Clinica Reproferty, palestra sobre Reprodução Humana com Dr José Fernando de Macedo, inscrições pelo email inscricao@reproferty.com.br ou pelo Tel 12 39415199  (Por e-mail envie seus dados: nome, telefone para contato e idade).


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sócio fundador da OCTAX, Dr. Klaus Rink visita a Clínica Reproferty


No último dia 12 de maio de 2011, a Clínica Reproferty Dr. José Fernando de Macedo, recebeu a visita do Dr. Klaus Rink da Alemanha. Acompanhado do Sr Paulo Zeitunlian, engenheiro da Spectrun Bio Engenharia Médica Hospitalar, Dr Klaus veio ao Brasil à convite da Spectrun e nos concedeu uma visita em nossa clinica.
Recepcionado pelo Dr. José Fernando de Macedo, o Dr Klaus concedeu uma entrevista ao site da Reproferty.


Responsável pela criação do laser utilizado na Reprodução Assistida, tecnologia que auxilia a abertura da zona pelúcida do embrião, ajudando na implantação do mesmo no útero materno, Dr Klaus nos contou as etapas do processo de desenvolvimento de sua invenção.


Em 1992, os estudos se iniciaram em  ratos, diversas experiência foram feitas até se partir para os humanos em 1994; 9 meses depois, em 1995, nasceu o primeiro embrião feito em laboratório com o auxílio da aplicação do laser.



No nosso laboratório de Reprodução Assistida, o Dr  Klaus realizou atualizações dos softwares dos equipamentos de  última geração que são utilizados na clínica.


Dank (Obrigado) Dr. Klaus !

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Clinica Reproferty apresenta trabalho no 10º Congresso da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida

A Clinica Reproferty esteve presente no  10° Congresso da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida, o estudo intitulado Diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) - FISH versus CGH foi eleito para apresentação oral e publicado na edição da Revista JBRA Asisted Reproduction (Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida) na edição de Maio/Junho 2011, vol 15, n 3, p 26 - 28. O trabalho pode ser visualizado na íntegra através do link: http://www.sbra.com.br/jornal/2011_03_jbra.pdf

O Estudo realizado pela equipe da Clínica Reproferty Dr José Fernando de Macedo, foi apresentado pelo embriologista Dr. Luiz Mauro Gomes.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Estudo: suplemento pode evitar séria complicação em grávidas

Tomar um suplemento dietético rico em aminoácidos e vitaminas antioxidantes durante a gravidez pode reduzir o risco de que as mulheres sofram pré-eclâmpsia, também conhecida como toxemia gravídica, uma complicação médica da gestação associada à hipertensão.

Segundo publica a revista British Medical Journal em seu último número, a pré-eclâmpsia está ligada a uma deficiência de L-Arginina, um aminoácido que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo durante a gravidez. A pré-eclâmpsia é uma complicação séria que provoca o aumento da pressão no sangue durante a gestação, que pode afetar tanto a mãe como o feto e que é registrada em aproximadamente 5% das mulheres grávidas pela primeira vez.

Um grupo de pesquisadores do México e Estados Unidos testaram a teoria de que uma combinação de L-Arginina e antioxidantes previne o desenvolvimento da pré-eclâmpsia em mulheres com um alto risco de adquiri-la. No estudo, participaram 672 mulheres grávidas de cinco meses, divididas ao acaso em três grupos diferentes.

O primeiro deles recebeu diariamente uma dose de L-Arginina e vitaminas antioxidantes, enquanto ao segundo foram oferecidas apenas vitaminas. O terceiro recebeu um placebo. Ao final do experimento, a doença foi desenvolvida por 30,2% das mulheres do grupo que recebeu o placebo e 22,5% das mulheres que só receberam vitaminas.

Já entre as grávidas que tomaram L-Arginina, apenas 12,7% sofreram a complicação. A equipe de cientistas concluiu então que as mulheres tratadas com L-Arginina e vitaminas ficaram significativamente menos propensas a desenvolver pré-eclâmpsia em comparação com o grupo que tomou placebo, e que a ingestão de vitaminas, por si só, não reduz de maneira conclusiva os efeitos da doença.


O estudo também mostrou que a L-Arginina e as vitaminas permitem reduzir o risco de um parto prematuro. "Trata-se de um tratamento de baixo custo que pode ajudar significativamente a reduzir o risco de sofrer pré-eclâmpsia e evitar os nascimentos prematuros associados a essa complicação", afirmaram os autores da pesquisa.

No entanto, em um editorial que acompanha o estudo, dois especialistas destacam que ainda resta um longo caminho a ser percorrido na investigação dos efeitos da L-Arginina. Ainda há dúvidas sobre como essa substância se complementa com as vitaminas, quais são os potenciais efeitos negativos da L-Arginina, e como outros grupos da população reagem à substância.


Fonte: Terra.com.br

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cientistas da USP criam primeiras células-tronco embrionárias brasileiras

“Avanço marca início das pesquisas feitas com amostras nacionais no país.Foram precisos pouco mais de 30 embriões para obter linhagem estável.”

A ciência brasileira acaba de obter a primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas em solo nacional. O avanço inédito, obtido por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, deve ser anunciado na manhã desta quinta-feira em Curitiba, durante um simpósio de terapia celular ocorrendo naquela capital.
O sucesso foi uma combinação de muito suor e alguma audácia por parte do grupo liderado por Lygia da Veiga Pereira, uma vez que a liberação definitiva para a produção de células-tronco embrionárias humanas só veio com a decisão do Supremo Tribunal Federal, em maio de 2008, que julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Biossegurança, que havia sido aprovada pelo Congresso em 2005.
Se o grupo tivesse começado as pesquisas apenas após o julgamento no Supremo, não teria sido possível avançar tão depressa. "Na verdade, em 2005 as pesquisas haviam sido liberadas. A existência da ação de inconstitucionalidade não proibia. Essa foi a minha interpretação", conta Pereira.
Ela usa como argumento que seu projeto foi aprovado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e recebeu financiamento já em 2006. "Entendi isso como um sinal para ir adiante."
Mas nem tudo foram flores. Por conta da insegurança jurídica, houve gente no grupo de Pereira que teve a bolsa de estudos negada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que temia uma proibição mais adiante. Mesmo assim, com o auxílio de verbas federais e de instituições privadas, o grupo prosseguiu.
E, cerca de três meses atrás, após 35 tentativas, os cientistas conseguiram extrair a primeira linhagem estável de células-tronco a partir de um embrião. Desde então, os pesquisadores passaram a multiplicar essas células. Finalmente, algumas semanas atrás, conseguiram determinar que as células obtidas eram pluripotentes podiam se transformar em qualquer tipo de tecido.
É exatamente por isso que as células-tronco embrionárias são tão cobiçadas. Agindo como curingas celulares, elas são teoricamente capazes de se transformar em qualquer tipo de célula que existe no corpo humano. Por isso há a esperança de que possam, no futuro, ser aplicadas em tratamentos de doenças hoje incuráveis, restabelecendo a saúde a órgãos ou tecidos danificados. Entre as muitas enfermidades que poderão um dia ser combatidas com terapia celular estão diabetes, mal de Parkinson e problemas cardíacos.
"Já vimos nossas células se transformarem em neurônio e músculo", diz Pereira. "Pretendemos fazer agora testes em animais, para confirmar essa pluripotência."

Células-tronco 2.0

A primeira linhagem brasileira de células-tronco já se beneficiou dos esforços obtidos por grupos estrangeiros que se mostraram equivocados. No início das pesquisas nos EUA, as células eram cultivadas junto com tecido animal, o que acabava produzindo uma contaminação permanente e impedindo seu uso em futuros testes clínicos.
No Brasil, aprendendo com os erros dos outros, o grupo de Lygia da Veiga Pereira evitou essa técnica e partiu para formas mais modernas de cultivar as células. "De certo modo, estamos com isso mais perto de trazer essas células-tronco para um cenário de testes clínicos. É como se fosse uma versão 2.0", diz.
"Em 1998, surgiu a primeira linhagem de células-tronco embrionárias nos Estados Unidos. Em 2008, produzimos a primeira linhagem no Brasil", relata Pereira. "Nós, trabalhando com o grupo do Stevens [Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro], estamos tentando recuperar o tempo perdido."
Pereira deseja continuar multiplicando essas células em laboratório, para poder fornecê-las para outros grupos interessados no uso para pesquisa. "Já temos projeto para isso", conta.

Da biologia para a medicina

Por enquanto, a imensa maioria dos trabalhos com células-tronco embrionárias tratam muito mais de ciência básica do que de tentar desenvolver tratamentos clínicos. Com as pesquisas brasileiras, não vai ser diferente.
Isso porque existem muitos riscos envolvidos com a inserção de células-tronco embrionárias em pacientes. Em animais, uma célula-tronco embrionária à solta já mostrou que pode se transformar num teratoma, uma espécie de câncer composto por todo tipo de tecido, de forma desordenada.
Para evitar que algo similar possa acontecer com humanos, os cientistas estão se acautelando e garantindo que tenham um entendimento completo de como controlar a diferenciação das células-tronco, de forma que ela produza só o bem, e nunca o mal.
"Na verdade, já sabemos bem como fazer a diferenciação, vários estudos já fizeram isso com muito sucesso", afirma Pereira. "O que ainda é difícil é ter segurança. Quando você insere no organismo, será que sobrou alguma célula não-diferenciada que pode virar outra coisa?"
É uma pergunta dificílima de responder. E, segundo Pereira, o processo para solucionar a questão é totalmente empírico. "É basicamente pôr no bicho e ver se forma alguma coisa. E o que estamos vendo é que, em muitos casos, nada de anormal aparece."
Para a pesquisadora brasileira, os primeiros testes clínicos com células-tronco embrionárias já estão próximos. "Tem uma empresa nos EUA que já entrou com um pedido para fazer", diz. "Antigamente, eu costumava sempre responder a isso com, ah, em cinco a dez anos. Mas agora já acho que no ano que vem teremos o primeiro teste clínico com células-tronco embrionárias no mundo."

Fonte: G1 São Paulo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Roteiro e Calendario de Vacinação da Mulher

Confira abaixo o Roteiro e Calendario de Vacinação da Mulher segundo a SBIM & FEBRASGO:
 BAIXE O PDF AQUI: http://www.reproferty.com.br/roteiro_vacinacao_mulher2.pdf


 



Diagnóstico de hepatite em São Paulo cresce 57% em cinco anos

O tipo C, que é a forma mais perigosa da doença, foi o mais prevalente


A cidade de São Paulo teve um aumento de 56,9% no número de diagnósticos de hepatites virais em cinco anos, segundo dados do Ambulatório de Hepatites do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT DST/Aids), ligado à Secretaria Estadual de Saúde.

Em 2004, quando a unidade iniciou suas atividades, foram identificados 388 casos da doença, número que pulou para 609 em 2009 - ano do último dado consolidado disponível.

Tanto em homens como em mulheres diagnosticados com hepatite, o tipo C foi o mais prevalente na amostra do CRT, justamente a forma mais perigosa da doença - já que está mais associada à evolução para quadros de cirrose, segundo os especialistas.

O contato com sangue contaminado é a forma mais comum de transmissão - um alicate de unha não esterilizado, por exemplo, pode transmitir. Entre os pacientes do sexo masculino contaminados, 51,8% eram portadores do tipo C, índice que chegou a 69,8%na população feminina.

No caso do tipo B, de contágio prioritariamente sexual, a proporção de infectados entre os homens é quase o dobro em relação às mulheres: 33,1% dos pacientes masculinos diagnosticados com hepatite tinham essa variante da doença, contra 18,1% das mulheres. Mas já é possível, via SUS (Sistema Único de Saúde), se vacinar contra o tipo B, possibilidade que não existe para o subtipo C.

No total, o CRT diagnosticou 4.164 casos de hepatites virais, sendo que a doença se mostrou predominante no público masculino, que responde por quase 70% dos casos.

Para o hepatologista Fernando Pandullo, do Hospital Israelita Albert Einstein, isso pode ser resultado da maior exposição masculina à atividade sexual desprotegida, uso de drogas e riscos de ferimentos - formas de contaminação associadas à doença.

Segundo Pandullo, a hepatite é uma doença geralmente esquecida pela população.
- A maioria das pessoas tem medo de morrer do coração ou de câncer, mas esquece de quadros crônicos, como a hepatite, e não pede para os médicos pesquisarem a presença desses vírus.

A própria característica da hepatite, doença que geralmente não provoca sintomas, agrava ainda mais a situação.

Fonte:
R7.com

Reportagem : Como a poluição afeta a fertilidade

http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/05/poluicao-faz-homem-produzir-menos-cromossomos-com-gene-masculino.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vacina contra HPV para adultas

Dose é disponível só para adolescentes - Anvisa estuda estender público alvo

As mulheres entre 26 e 40 anos podem ganhar um importante aliado no combate ao HPV, um vírus transmitido pelo contato sexual, líder em infecção e principal responsável pelo câncer de colo de útero.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda liberar a aplicação da vacina contra a doença para este grupo etário. Por enquanto, o único público que tem autorização sanitária no País para receber a imunização é o de jovens do sexo feminino, de 9 a 25 anos. As doses –são três, no total, para garantir a eficácia – só são oferecidas na rede privada de saúde, por preços salgados: as três doses ultrapassam mil reais.

O pedido de ampliação de público foi feito pelo produtor da vacina, o laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD). Segundo responsáveis pela empresa, estudos atestaram que a mesma dosagem da vacina contra o HPV aplicada em adolescentes e jovens é eficaz na mulher adulta.No total, 12 países já estão aplicando as doses nas mais velhas, entre eles Chile, Canadá e Austrália.

“Um dossiê foi encaminhado à Anvisa informando sobre a segurança de aplicação em mulheres mais velhas”, afirmou o ginecologista Nelson Vespa, responsável da MSD no Brasil pelas pesquisas com a vacina.

O especialista explica que o dossiê foi baseado nos resultados de um estudo internacional feito com 3.819 mulheres entre 24 e 45 anos, com duração de quatro anos. Ele mostrou que, também neste público, a vacina é eficaz para prevenir: a infecção persistente, as lesões de baixo grau, as lesões pré-cancerígenas de alto risco para o colo do útero, a vagina e a vulva, além de lesões genitais externas e verrugas genitais. Se a mulher nunca teve contato com nenhum tipo de vírus do HPV – são mais de 100 existentes – a eficácia de proteção é de 91%. “Atestamos também que, caso a paciente já tenha sido contaminada, a vacina auxilia em prevenir a evolução da doença”, afirma Vespa.

Além da MSD, o laboratório GSK produz uma outra vacina contra o HPV de eficácia já confirmada pelas autoridades sanitárias. Esta imunização também só está disponível na rede particular de saúde e para pessoas do sexo feminino entre 10 e 25 anos.

A Anvisa informou que já analisou o pedido de extensão etária para aplicação da vacina feito pela Merck. A Agência solicitou mais informações ao fabricante. A expectativa é que a aprovação – ou não – saia ainda este ano.

Uma coleção de casos

A infecção pelo HPV é uma doença transmitida pelo sexo sem proteção, que pode afetar homens e mulheres e, se não tratada, pode evoluir para o câncer de colo de útero. Na maior parte dos casos não há sintomas. Quando ocorrem, eles são caracterizados por verrugas ou manchas brancas na área genital. O exame principal para a detecção da doença nas mulheres é o papanicolaou.

Apesar de não existir um levantamento consolidado dos casos do chamado papiloma-vírus humano (nome científico do HPV) no País, os médicos estimam que a doença já afetou – ou vai afetar – 75% da população sexualmente ativa do País. Um estudo recém publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo avaliou os 56.803 casos de DSTs notificados entre janeiro de 2007 e junho de 2009 e constatou que uma em cada três registros era relacionado ao HPV (32,6%).

As projeções do Instituto Nacional do Câncer (Inca) também reforçam a perigosa disseminação do papiloma-vírus humano. Até o final deste ano, o Brasil vai acumular 18.430 novos casos de câncer de cólo de útero. Ele é o segundo tipo de câncer que mais mata a população feminina, atrás apenas da neoplasia de mamas.

Vacinas na rede pública

A perigosa disseminação de casos de HPV fez com que um grupo de especialistas se reunisse para estudar a implantação da vacina no calendário público de imunização. No ano passado, por meio de verba repassada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, foi implantado o primeiro Instituto Nacional de Pesquisa em HPV.

Uma das missões da entidade é mapear a prevalência da doença entre os brasileiros e brasileiras e traçar estratégias para garantir as doses gratuitas. “Essa é uma meta muito importante para o Instituto do HPV, mas que ainda não foi abordada na prática. Nos próximos meses, esperamos determinar ações para disparar projetos que discutam a implantação das vacinas profiláticas contra o HPV na rede pública”, afirma a médica Luisa Lina Villa, diretora do Instituto e também pesquisadora do Instituto Internacional Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer.

O Ministério da Saúde, o Inca e representantes dos departamentos de imunização de todo País também formaram uma câmara técnica para discutir a adoção da vacina na rede pública. O último posicionamento, afirmou o Inca, reconheceu a importância da vacinação gratuita – em especial para o público adolescente – mas alega que primeiro é preciso ter noção mais clara sobre a incidência do vírus HPV no Brasil.

Isso porque as vacinas existentes só protegem contra quatro dos mais de 100 tipos de vírus HPV. Ainda que os contemplados pela imunização sejam os mais comuns, não há um estudo sobre qual deles é o que mais circula no Brasil. Outra limitação apontada pelas autoridades brasileiras é o custo das doses.

"A introdução da vacina na rede pública significaria um impacto de R$1,857 bilhão, apenas para cobertura da faixa etária de 11 a 12 anos. Como comparação, ressalta-se que o orçamento do Programa Nacional de Imunização é de R$ 750 milhões/ano”, afirma o grupo em documento.

Enquanto a vacina não entra no calendário público, ela pode ser adquirida na rede privada. Apesar disso os especialistas ressaltam que a melhor forma de prevenção ainda é o uso de preservativo em todas as relações sexuais.

 Fonte: Ig saúde da mulher

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dr. Klaus Rink da Alemanha vem ao Brasil e vista a Clinica Reproferty em São José dos Campos


A Clinica Reproferty recebe na próxima semana o Dr. Klaus Rink da Alemanha, que vem ao Brasil participar do WORKSHOP Internacional de Biópsia e Vitrificação de Blastocisto em São Paulo, ele abriu espaço em sua agenda para vir até São José conhecer um pouco mais desta clinica, e ver de perto os resultados de sucesso alcançados. O pesquisador é responsável pelo desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia para reprodução assistida da OCTAX líder mundial do segmento e é professor universitário, confira a seguir um pouco sobre a sua carreira e feitos.
  • Fisíco pela University of Giessen na Alemanha.
  • Doutor pelo Federal Institute of Technology (EPFL) Lausanne, na Suiça.
Sócio fundador do OCTAX Microscience GmbH, que desenvolve e fabrica equipamentos médicos a base do laser para uso em fertilização in vitro, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e urologia (litotripsia).
Klaus e sua equipe foram responsáveis pelo primeiro nascimento após o uso do laser em Assisted Hatching que é uma técnica laboratorial que ajuda na fragilização da zona pelúcida, permitindo que o embrião possa se implantar com mais facilidade no útero. Este tratamento é realizado no laboratório, antes da transferência para o útero da mulher.
Se você conhece alguém com dificuldade de realizar o sonho de ser mãe a Clinica Reproferty, pode ajudar, contamos com equipamentos de ultima geração e profissionais qualificados para resolver qualquer problema. Acesse www.reproferty.com.br ou ligue 12 3941 5199 ou e faça uma consulta.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Reportagem Doação de Óvulos - Bom Dia Brasil

 Reportagem do Bom Dia Brasil mostra como funciona a doação de óvulos



Metade dos homens tem HPV, diz pesquisa

Cerca de 50% dos homens que participaram de um estudo populacional estavam infectados com o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). O trabalho, publicado na revista científica The Lancet, analisou voluntários saudáveis de três países: Brasil, México e Estados Unidos. O resultado surpreendeu os especialistas, pois revelou uma prevalência muito maior que a encontrada em estudos semelhantes com mulheres, quando o porcentual de infecção pelo vírus não ultrapassa 20%.

Nos homens e nas mulheres, o HPV pode causar câncer, embora, nas mulheres, a evolução para displasias - quadro prévio ao tumor - seja mais comum. O contágio ocorre principalmente por via sexual, mas, ao contrário do HIV, o uso de preservativo não é tão eficaz.

O estudo analisou 1.159 homens com idades entre 18 e 70 anos. Todos estavam saudáveis ao ingressar no estudo, diz Luisa Villa, coautora do artigo e pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV (INCT-HPV), na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Os voluntários não podiam relatar histórico de câncer no ânus ou no pênis, bem como a presença de verrugas genitais. Também não podiam apresentar infecção pelo HIV. Todos residiam na cidade de São Paulo, no sul da Flórida ou em Cuernavaca, no México.

"A maioria das pessoas pensa que HPV é um vírus associado predominantemente às mulheres: esse estudo revela que os homens são os principais infectados", afirma José Eduardo Levi, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, na USP. Levi não participou do estudo, mas há vários anos pesquisa testes moleculares para HPV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Uol

A vez das células-tronco epiteliais


Por Mônica Pileggi

Agência FAPESP – Uma boca pode revelar muitos segredos. Entre eles, a fonte de células-tronco epiteliais que residem na mucosa, um tecido de fácil acesso.
As células-troncos epiteliais são consideradas raras e estão localizadas em nichos específicos. “A maioria dos trabalhos existentes na literatura é relativo às células-tronco adultas mesenquimais, que podem ser células da medula óssea ou do cordão umbilical, entre outras”, explicou Andrea Mantesso à Agência FAPESP.
Mantesso, que é professora doutora de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da USP, coordena ao lado do pesquisador Paul Sharpe, chefe do Departamento de Desenvolvimento Craniofacial e Biologia de Células-Tronco do King’s College London, o projeto Oral epithelial stem cells - evaluation of response to injury and self-renew capacity.
O projeto foi selecionado em chamada lançada pelo acordo de cooperação científica entre a FAPESP e o King’s College London, do Reino Unido, onde Sharpe e Mantesso são professores na Faculdade de Odontologia. Assinado em maio de 2010, o objetivo do acordo é permitir o intercâmbio de pesquisadores entre os dois países.
“A caracterização das células-tronco epiteliais é diferente das mesenquimais. Acredita-se, assim como em outros tecidos do corpo humano, que existam células-tronco no epitélio. Mas, como não há muitas pesquisas a seu respeito, sabemos pouco sobre elas”, ressaltou Mantesso.
Nas células-tronco mesenquimais – a partir das quais é possível formar osso, cartilagem, tecido adiposo ou neural entre outros – o processo de caracterização não ocorre da mesma forma que nas células epiteliais.
Um grande desafio para os cientistas é isolar a população de células que possuam características de células-tronco epiteliais ou progenitoras. “Para essa fase do estudo, a participação do King’s College London é muito importante”, destacou.
Durante a primeira etapa, realizada na USP, Mantesso, seu orientando de doutorado Felipe Perozzo Daltoe e Sharpe conseguiram isolar uma população de células da mucosa bucal que expressavam a proteína P75NTR, receptora de neurotrofina e considerada importante, pois distingue uma população enriquecida em células-tronco.
A equipe observou que as células encontradas no experimento proliferavam em maior quantidade e de forma mais rápida que as normais, características comuns às células-tronco e também às células progenitoras.
A segunda parte do estudo será realizada em Londres. Embora a equipe já tenha conseguido reconstruir um epitélio aqui no Brasil, Mantesso conta que ainda não há uma denominação definida para as células encontradas. “Para confirmar o potencial dessas células epiteliais, precisamos realizar mais estudos in vivo”, disse.
Isso significa observar mais um comportamento comum às células-tronco epiteliais: a resposta a danos. “Nessa fase da pesquisa, nossa intenção é estudar as propriedades dessas células, como a migração e a capacidade de reparar uma ferida. Pretendemos também explorar o potencial que elas possam ter para a engenharia de tecidos e aplicar esse conhecimento na regeneração e reparo dos dentes”, explicou Sharpe.
Dupla origem
Além do projeto apoiado pela FAPESP, Mantesso e Sharpe estudaram, com outros colegas, a resposta às lesões nos dentes incisivos pelos pericitos, células que revestem os vasos sanguíneos. O resultado da pesquisa foi publicado em abril na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O trabalho procura desvendar a origem das células-tronco mesenquimais por meio da analise de pericitos. Para isso, os cientistas reuniram uma série de informações comuns aos pericitos e às células-tronco, tais como regeneração e se ambas estão vinculadas à vascularidade.
Utilizando camundongos transgênicos, os pesquisadores conseguiram enxergar os pericitos e analisar essas células. E, para surpresa do grupo, eles não eram a única fonte de células-tronco mesenquimais.
“Durante os experimentos, observamos que os pericitos apresentaram as características de células-tronco ou progenitoras, mas eles respondiam somente por parte da origem dessas células. E isso nunca tinha sido mostrado na literatura”, enfatizou Mantesso.
De acordo com a professora, a outra população celular ainda é desconhecida, porém, experimentos indicam que esteja relacionada à vascularidade, “pois nos lugares ricos em vasos sanguíneos essas células eram mais presentes”, disse.
O artigo Dual origin of mesenchymal stem cells contributing to organ growth and repair(doi:10.1073/pnas.1015449108), de Andrea Mantesso, Paul Sharpe e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS em www.pnas.org/content/108/16/6503.abstract
Cientistas reproduzem tecido da mucosa bucal a partir de células-tronco epiteliais em projeto de pesquisa selecionado em chamada FAPESP-King’s College London (NYU).
FONTE: Agência FAPESP