segunda-feira, 13 de junho de 2011

Gravidez: vitaminas podem ajudar contra pré-eclampsia

Condição estaria relacionada à deficiência de um aminoácido que ajuda a manter a circulação sanguínea saudável na gestação

Pesquisadores da pré-eclampsia, complicação que ocorre durante a gravidez, dizem que a suplementação de vitaminas antioxidantes combinada com um tipo de aminoácido em gestações de alto risco poderia reduzir a ocorrência da doença.

De acordo com o estudo, publicado no periódico British Medical Journal (BMJ), gestantes que tomaram um suplemento contendo o aminoácido L-arginina e vitaminas se mostraram significantemente menos propensas a desenvolver a pré-eclampsia em comparação àquelas que tomavam apenas suplementos vitamínicos, ou ainda ao grupo placebo.

A pré-eclampsia é uma grave condição de saúde caracterizada por pressão arterial extremamente alta e altas taxas de proteína na urina. O problema afeta aproximadamente 5% das mulheres na primeira gestação, apresentando riscos tanto à mãe quanto ao bebê.

Especialistas calculam que um total de 45 bilhões de dólares são gastos anualmente no tratamento de mulheres com pré-eclampsia nos Estados Unidos, Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Em países emergentes, calcula-se que um total de 75.000 mulheres morra da doença a cada ano.

Quando a mãe e o bebê sobrevivem, a mulher mais tarde apresenta maiores riscos de hipertensão, problemas cardíacos, diabetes ou AVC. O bebê é geralmente prematuro, podendo sofrer complicações longo da vida.

Acredita-se que a pré-eclampsia esteja relacionada à deficiência de L-arginina, aminoácido que ajuda a manter a circulação sanguínea saudável durante a gestação. Para alguns especialistas, as vitaminas antioxidantes podem ajudar a proteger a mulher de tal condição.

O estudo foi conduzido em um hospital da Cidade do México. Gestantes em alto risco de pré-eclampsia foram divididas em três grupos, que receberam diariamente barras de cereais. O primeiro recebeu barras contendo L-arginina e vitaminas antioxidantes; o segundo, barras contendo apenas vitaminas e o terceiro recebeu barras de placebo. A suplementação teve início por volta da vigésima semana de gravidez, continuando até o parto.

A proporção de mulheres que desenvolveram pré-eclampsia foi de 30,2% no grupo placebo, 22,5% no grupo que recebeu apenas vitaminas e de 12,7% no grupo que recebeu a combinação de vitaminas e L-arginina.

“Essa intervenção relativamente simples e de baixo custo pode ser valiosa ao reduzir o risco de pré-eclampsia e de partos prematuros associados ao problema”, escreveram os pesquisadores mexicanos e americanos.

Dois especialistas britânicos comentaram o trabalho no periódico BMJ, ressaltando que a descoberta é importante, mas que ainda restam questões cruciais sem respostas.

Eles dizem que antes que outros estudos sejam conduzidos, pesquisadores deveriam tentar estabelecer como a L-arginina e as vitaminas trabalham em conjunto, quais seriam os possíveis efeitos prejudiciais e como seriam os resultados em populações e lugares diferentes.

Fonte: Site IG






sexta-feira, 10 de junho de 2011

Clínica Reproferty marca presença na IX Jornada de Obstetrícia e Ginecologia do Vale do Paraíba – Campos do Jordão/SP

Aconteceu nos dias 2 – 4 de Junho em Campos do Jordão/SP a IX Jornada de Obstetrícia e Ginecologia do Vale do Paraíba. O evento reuniu os principais ginecologistas da região. A Clínica Reproferty participou junto com o seus parceiros por mais um ano neste evento da SOGESP.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Curiosidades: "Barriga pontuda não é sinal de que o bebê é menino; esclareça esse e outros mitos da gravidez"

Basta a barriga aparecer ou a gestante reclamar de enjôo para ouvir algumas explicações malucas sobre a causa de sintomas típicos da gravidez. Para evitar problemas, vale a pena consultar um especialista antes de seguir certos conselhos populares sobre a gravidez, por mais inocentes que pareçam. Veja abaixo alguns mitos e verdades:

Barriga pontuda é indício de que o bebê será menino

MITO- O formato da barriga não tem qualquer relação com o sexo do bebê. O que determina o aspecto pontudo ou arredondado é a estrutura corporal da mãe, a posição do feto e seu tamanho em relação à parede abdominal. 

Azia na gravidez é sinal de que o bebê será cabeludo 

MITO- Durante a gestação, o útero tem seu tamanho aumentado e passa a pressionar órgãos como o estômago e o intestino, o que torna a digestão mais lenta. Por causa da pressão, a comida "volta" para o esôfago e causa a queimação. Além disso, a elevação do hormônio progesterona provoca um relaxamento da válvula que separa o esôfago do estômago, o que também colabora para o mal-estar. 

Desejo alimentar de grávida deve ser saciado a qualquer custo

DEPENDE- Se a gestante estiver com vontade de comer jaca e seu desejo não for cumprido, o bebê não nascerá com aparência da fruta. Em geral, os desejos alimentares da gravidez estão ligados a alterações hormonais que modificam o apetite. Em alguns casos, no entanto, eles podem sinalizar a carência de determinado nutriente, por isso não devem ser ignorados (a não ser que o alimento seja prejudicial à saúde). Também existe uma explicação psicológica para o fenômeno: a mulher que obriga o marido a sair de madrugada para comprar uma iguaria pode estar pedindo atenção. Durante a gestação é normal a mulher sofrer uma espécie de regressão psicológica a padrões infantis, como forma de proporcionar uma identificação com o bebê. Quando o sintoma é muito acentuado, a mulher pode desejar até barro ou sabonete, coisas que as crianças gostam de levar à boca. Nesse caso, o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra pode ser necessário.

Grávida precisa comer por dois 

MITO- A gestante não precisa comer por dois. Sua ingestão deve ser de mais ou menos 2.300 calorias/dia para aquelas com peso normal no início da gravidez. Isso significa um acréscimo de apenas 300 calorias em relação a uma mulher que não está esperando bebê. Mas é primordial que a alimentação seja saudável e nutritiva,  para suprir a demanda adicional da gestante e do feto.

Comer doce faz com que o bebê se mexa mais na barriga

 VERDADE- A glicose é uma fonte de energia, por isso faz com que o bebê fique mais ativo. Mas vale lembrar que o excesso de doces é prejudicial para  a saúde da gestante (especialmente a que tem tendência ao diabetes) e, como consequência, pode afetar o bebê.

Relações sexuais podem machucar o bebê 

MITO- O feto fica dentro de uma bolsa cheia de líquido amniótico, protegido contra choques. Também há o tampão mucoso que protege o colo do útero. Por isso, a relação sexual não faz mal algum ao bebê. Na verdade, o bem-estar que o sexo proporciona pode até beneficiá-lo, além de favorecer a autoestima da gestante. Mas há situações específicas que podem contraindicar o sexo durante a gravidez, como casos de placenta prévia e sangramentos.

Conversar com o bebê, cantar para ele e acariciar a barriga traz benefícios à criança 

VERDADE- A partir do sexto mês, o feto já é capaz de ouvir sons externos e vozes. As demonstrações de afeto ajudam na conexão com o bebê que está por vir e fazem com que o ele futuramente associe as características das vozes e as canções ouvidas na barriga da mãe a um lugar agradável e seguro.

Se o bebê se mexer mais à noite ele será do tipo que acorda mais de madrugada.

 MITO- Em geral, é mais fácil sentir com mais nitidez os movimentos fetais durante a noite, quando a gestante está mais relaxada. Depois do nascimento, o bebê leva um tempo para estabelecer um ciclo de vigília e sono dentro dos parâmetros de dia e noite. Para ajudar no processo, a recomendação é que ele durma de dia com o ambiente claro e os ruídos normais da casa e, à noite, em local escuro e silencioso. Definir rotinas também ajuda o bebê a estabelecer melhor um horário para dormir.

Cerveja preta faz a mulher produzir mais leite 

MITO- A afirmação, felizmente, já saiu de moda. Especialistas garantem que a bebida não aumenta a produção de leite materno. Para piorar, o consumo excessivo de bebida alcoólica pode causar prejuízos graves ao bebê (lembre-se que as substâncias ingeridas pela mãe passam para a criança pelo leite). O estímulo à amamentação é mecânico (quanto mais o bebê mama, maior a produção) e não depende do que a mulher come ou bebe.

Fontes: SITE UOL, Alberto Jorge Sousa Guimarães (obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana) Mário Martinez (chefe da obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz) e Vitória Pamplona (psicóloga do Centro de Estudos e Atendimento a Mulheres e à Infância). 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Paraplégico mexe pernas após terapia com células-tronco

Um paraplégico de 47 anos voltou a ter sensibilidade nas pernas e nos pés e a movimentar os membros inferiores após ser submetido a tratamento experimental à base de células-tronco, na Bahia. Desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz, o tratamento consiste na retirada de células-tronco adultas do osso da bacia e no reimplante no local da lesão.
O primeiro paciente, um policial militar de Salvador cuja identidade foi preservada, ficou paraplégico há nove anos, após uma queda que traumatizou a coluna na região lombar. Seis semanas após a implantação de células-tronco adultas no local da lesão, o paciente já voltou a sentir as pernas e os pés. Ele iniciou fisioterapia para fortalecer os músculos que ficaram muito atrofiados após o longo período de inatividade.
A bióloga Milena Soares, que participa do projeto, é cautelosa ao prever se o paciente voltará a andar um dia. Segundo ela, isso vai depender, sobretudo, da fisioterapia. "Ele já consegue fazer alguns movimentos com a perna, e os resultados já mostram  avanços muito significativos para a qualidade de vida do paciente", diz. Os pesquisadores afirmam que houve um aumento do controle da bexiga e do esfíncter. Com isso, o paciente ficará livre de cateterismos diários feitos para retirar urina. "Houve uma resposta muito boa no pós-operatório. Quatro dias depois [da cirurgia], o paciente já demonstrou melhora", diz Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião que integra o grupo.Nessa fase experimental, que visa atestar a segurança do procedimento, a técnica será  aplicada em 20 voluntários. Dois deles receberam as células anteontem e ontem. O próximo fará o procedimento na semana que vem. Segundo Mendonça, características do pós-operatório verificadas no primeiro paciente, como ausência de dores neuropáticas (característica de lesões neurológicas), se repetiram nos outros dois pacientes.

Fonte: Site UOL


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Diabetes gestacional, cuidados com a mãe e o bebê devem ser redobrados

Apesar do diabetes gestacional ser considerado uma situação de gravidez de alto risco, os cuidados médicos e o envolvimento da gestante possibilitam que a gestação corra tranquilamente e que os bebês  venham a nascer no momento adequado e em boas condições de saúde. Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida ou o aparecimento do diabetes gestacional em mulheres que antes não apresentavam a doença. "O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez. Pode atingir até 7% das grávidas, mas não impede uma gestação tranqüila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Várias são as mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Uma delas é o aumento da produção de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar  - ou até mesmo bloquear - a ação da insulina materna. Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o próprio corpo compensa o desequilíbrio, aumentando a fabricação de insulina. Entretanto, nem todas as mulheres reagem desta maneira e algumas delas desenvolvem as elevações glicêmicas características do diabetes gestacional. 
Por isso, é tão importante detectar o distúrbio, o mais cedo possível, para preservar a saúde da mãe e  do bebê. "O tratamento do diabetes gestacional tem por objetivo diminuir a taxa de macrossomia  – os grandes bebês filhos de mães diabéticas – evitar a queda do açúcar do sangue do bebê ao nascer e diminuir a incidência da cesareana”, explica a médica. Para a mãe, além de aumento do risco de cesareana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente pode ser detectado pelo aparecimento de um inocente inchaço das pernas, mas que pode evoluir para a eclâmpsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.
 Diante de tantos riscos potenciais, é essencial que as futuras mamães façam exames para checar a taxa de açúcar no sangue durante o pré-natal. "As grávidas devem fazer o  rastreamento do diabetes entre a 24ª e a 28ª semana de gestação", diz a endocrinologista. Mulheres que integram o grupo de risco do diabetes devem fazer o teste de tolerância glicêmica, antes, a partir da 12ª semana de gestação. "Os exames são fundamentais para um 
diagnóstico preciso, porque os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez. Muitos sintomas se confundem com os da própria gestação, como vontade de urinar a todo momento, sensação de fraqueza e mais apetite", recomenda Ellen Paiva.

Importância da terapia nutricional

Diagnosticado o diabetes gestacional, a gravidez precisa ser cercada de novos cuidados. "O controle da alimentação, por exemplo, deve ser feito com a ajuda de um profissional capacitado. Dietas mal elaboradas podem interferir no desenvolvimento do feto. Dietas abaixo de 1200 Kcal/dia ou com restrição de mais de 50% do metabolismo basal não são recomendadas, pois estão relacionadas com desenvolvimento de cetose", diz a médica.A terapia nutricional é um aliado importante. Para muitas mulheres é suficiente para manter a glicemia dentro dos valores recomendados pelo médico. "Na gravidez, a mulher deve ganhar um mínimo de peso, em geral entre 10 e 12 quilos, para mulheres que estão com o peso adequado. Suas escolhas alimentares devem ser saudáveis. Será necessário relembrar os conhecimentos básicos de nutrição. Por isso, a orientação de um nutricionista é recomendável", explica Ellen Paiva. Dentre os objetivos da terapia nutricional deve constar, também, um limite para ganhar peso, recomendado às mulheres obesas. Isso é imprescindível, porque é mais freqüente que mulheres obesas desenvolvam diabetes durante a gestação. "O ganho de peso máximo recomendado para essa situação é de mais ou menos 7kg”, diz a diretora do Citen. A dieta pode ser acompanhada de exercícios leves como nadar ou caminhar.

Terapia insulínica

Caso haja dificuldade para atingir resultados satisfatórios do controle da glicemia somente com a dieta, há ainda a terapia insulínica, como uma alternativa de tratamento. "O tratamento com insulina está, em geral, indicado quando as taxas de glicose em jejum ficam acima de 105 mg/dl e as taxas de glicose medidas 2 horas após as refeições acima de 130 mg/dl", explica a 
endocrinologista Ellen Paiva. É comum haver a necessidade de aumento das doses de insulina no final da gravidez, a partir do terceiro trimestre, porque a resistência à insulina, geralmente, aumenta neste período. No terceiro trimestre da gravidez, os níveis baixos de glicose que levariam à hipoglicemia são raros. Contudo, grávidas que usam insulina correm o risco de apresentar hipoglicemia. "Para prevenir os incômodos sintomas de uma crise de hipoglicemia, a gestante deve seguir o seu planejamento alimentar, respeitar os horários das refeições e fazer adequações necessárias em sua alimentação, quando for praticar algum tipo 
de exercício", recomenda a endocrinologista.

Controle da doença

Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20-40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos. "Além das complicações no pós-parto imediato, estudos demonstraram que os fetos macrossômicos têm risco aumentado de desenvolverem  obesidade e diabetes durante  a adolescência, por isso, os cuidados com a 
alimentação prosseguem após o parto, para mãe e filho", recomenda Ellen Paiva.

Fonte: Site Terra